Cardiovascular risk assessment in athletes: the role of

Cardiovascular risk assessment in
athletes: the role of...

Provas públicas de defesa da tese de doutoramento do Prof. Hélder Dores foram um sucesso.

Decorreu no passado dia 20 de maio, na NOVA Medical School, a defesa da tese de doutoramento do Prof. Hélder Dores, subordinada ao tema “Cardiovascular Risk Assessment in Athletes: The Role of Electrocardiography and Imaging” e desenvolvida sob a orientação dos Profs. Pedro de Araújo Gonçalves, Nuno Cardim e Nuno Neuparth.

A tese incluiu 21 artigos publicados na Revista Portuguesa de Cardiologia e em várias revistas internacionais (Journal of the American College of Cardiology, Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, European Journal of Preventive Cardiology, Internacional Journal of Cardiovascular Imaging, British Journal of Sports Medicine), a maioria resultante de investigação original e da parceria entre várias instituições nacionais e internacionais (impact factor total 56,723).

Esta investigação centrou-se na avaliação pré-competitiva do atleta, em todo o seu espectro, desde o atleta jovem ao veterano, com ênfase nas limitações e controvérsias das metodologias recomendadas na atualidade: no jovem avaliação clínica e eletrocardiograma; no veterano estratificação de risco cardiovascular e prova de esforço. As técnicas de imagem apesar de não estarem recomendadas são fundamentais na avaliação do atleta. Neste contexto, como a ecocardiografia permanece o exame de imagem de primeira linha na distinção entre adaptação fisiológica (“coração de atleta”) e patologia, alguns aspetos desafiantes desta técnica também foram analisados.

Cardiovascular risk assessment in athletes: the role of
O que podemos aprender da experiência brasileira?

O racional da investigação encontra-se resumido na figura, sendo as principais linhas de investigação:
1. Eletrocardiograma no atleta: significado das ondas T negativas; relação entre características do exercício e alterações patológicas; variabilidade da interpretação e custos associados com exames adicionais; comparação dos critérios de interpretação;
2. Ecocardiografia no atleta: relação entre diferentes características de exercício e remodelagem cardíaca estrutural e funcional, nomeadamente na deformação miocárdica (strain longitudinal global);
3. Estratificação de risco cardiovascular e doença coronária (DC) no atleta veterano: prevalência da DC em atletas veteranos; limitações da estratificação de risco convencional, baseada em características clínicas e prova de esforço; o papel de parâmetros da Angio TC cardíaca na avaliação do atleta e reclassificação de risco; relação entre volume de exercício e carga aterosclerótica coronária.

Alguns dos resultados destes estudos têm impacto e aplicação direta na prática clínica, permitindo otimizar a avaliação pré-competitiva do atleta e alargar o conhecimento da Cardiologia Desportiva, uma área cada vez mais importante.