No cumprimento do programa a que nos propusemos cumprir, para o biénio 2023-25 pretendemos manter a visão estratégica centrada na formação e promoção da investigação e inovação. Temos a convicção de que estes dois vetores, formação e investigação, serão dois pilares que permitirão à SPC manter a sua sustentabilidade, e continuar a ser o principal interlocutor das doenças cardiovasculares em Portugal.

A Academia Cardiovascular, é atualmente uma referência na formação pós-graduada, com potencial de evoluir para a simulação e além-fronteiras, designadamente através de parcerias com os países de língua oficial portuguesa.

A investigação, através do CNCDC e mais recentemente o Bio-Banco, representam um pilar fundamental da investigação científica colaborativa.

Apesar do sucesso já alcançado, está longe daquilo que ambicionamos e é possivelmente o processo mais desafiante a que nos propomos.

Além do nosso contributo para a qualidade dos registos, estamos também dependentes de terceiros, designadamente da tutela e da qual até ao presente não temos recebido o apoio desejado.

Temos a ambição, em parceria com o Conselho Diretivo do CNCDC, ultrapassar todas as barreiras que impedem que os nossos registos igualem aquilo que de melhor se faz a nível europeu.

A Revista Portuguesa de Cardiologia atingiu um prestígio científico muito elevado, fruto do empenhamento de muitos colegas ao longo de gerações.

Vivemos num mundo desafiante e de mudanças rápidas, pelo que há também que apostar na reestruturação da revista com vista à sua modernização e uma maior internacionalização. 

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia é uma sociedade científica, com a finalidade de promover o desenvolvimento da Cardiologia e o intuito de melhorar a saúde cardiovascular da população portuguesa e por isso deve estar aberta ao exterior não se podendo dissociar da comunidade que em última análise é a razão da sua existência.

Estaremos focados na comunicação interna e externa, com o intuito de colocar a doença cardiovascular no topo da agenda, não só para sensibilizar os decisores políticos, como também para promover a literacia, dando continuidade ao trabalho antes desenvolvido e se possível, fortalece-lo pelo contacto direto com a comunidade através de ações que promovam o conhecimento em saúde cardiovascular.

Nas últimas três décadas, a Cardiologia Portuguesa, convergiu com os países europeus mais desenvolvidos, mas atualmente temos a perceção de estarmos novamente a divergir por falta de investimento em infraestruturas e recursos humanos.

Sendo, no essencial, uma sociedade científica, não podemos deixar de interpretar estes sinais e apontar caminhos que possibilitem tirar o melhor partido dos recursos existentes, mas simultaneamente sermos uma voz ativa na exigência de condições, em estrutura e pessoal, ao nível do que melhor se faz na Europa.

Esta direção sabe que o mais importante de tudo são as pessoas, pelo que está particularmente empenhada em ouvir e envolver os mais jovens aproveitando a sua energia, criatividade e capacidade de moldar o futuro para uma Sociedade ainda melhor.

 Temos uma equipa motivada e de grande competência e diversidade que certamente irá dar o seu melhor para atingir os objetivos a que nos propomos.

Como líder da direção, sinto-me honrado por fazer parte de um grupo talentoso e inspirador, sabendo que posso contar com cada elemento para enfrentarmos os desafios futuros e alcançarmos novos patamares do sucesso a que nos propomos.