"O impacto cardiovascular da síndrome metabólica: dos mecanismos a novos alvos terapêuticos”

de Prof. Ricardo Ladeiras Lopes

Provas públicas de defesa da tese de doutoramento do Prof. Ricardo Ladeiras Lopes na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foram um sucesso.

A síndrome metabólica (SM) é uma epidemia global que afeta aproximadamente um terço da população adulta mundial e representa um conjunto de fatores de risco de doença cardiovascular e diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) que surgem frequentemente associados. Esta síndrome está associada a uma alta taxa de utilização de recursos de saúde, com elevados custos financeiros. Apesar da sua importância, a SM representa ainda um desafio clínico, a necessitar de uma identificação mais precoce dos doentes que preencham os critérios de diagnóstico e uma gestão terapêutica mais dirigida dos seus fatores de risco. Para ultrapassar algumas destas dificuldades, a SM foi recentemente incluída num novo modelo de doença crónica de causa cardiometabólica, que foi proposto para promover a saúde cardiometabólica e mitigar o desenvolvimento de doença cardiovascular.

As principais alterações metabólicas que caracterizam a SM (adiposidade e disglicemia), juntamente com o seu mecanismo fisiopatológico central, a insulinorresistência, justificam grande parte do seu impacto cardiovascular. Adicionalmente, o excesso de tecido adiposo, a insulinorresistência e a disglicemia têm uma associação forte com a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (DDVE) e com a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP). A presença de DDVE está associada a um aumento do risco de insuficiência cardíaca e parece estar também associada a um aumento do risco de morte. Assim, precisamos de perceber a sua associação com os fatores de risco cardiometabólico e avaliar o potencial de novas intervenções terapêuticas que possam contribuir para diminuir a morbimortalidade desta patologia.

Procurar

Ao continuar a navegar está a concordar com a utilização de cookies neste site